domingo, 14 de setembro de 2008

Louça preta (fim)

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Não pude estar presente no dia 10, quarta-feira, para a abertura do forno, mas o João enviou-me fotografias pela net e falámos pelo móvel sobre a conclusão da fornada.
Atendendo ao cuidado que ele deu a tudo o que se relacionou com a fornada em apreço, seria de esperar o máximo sucesso.
E foi o que aconteceu.
JR

sábado, 6 de setembro de 2008

Louça preta

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Fui convidado pelo João Lourenço, já referido em outras postagens, para a inauguração do seu novo forno, que destina exclusivamente à cozedura de louça preta (atmosfera redutora).


O dia do evento foi hoje, com início às 13.00 horas e ambos fomos pontuais.




Com calma, para tudo correr bem, começou por colocar as peças, separadas umas das outras para que o fumo possa circular entre elas. Constituiram-se assim três camadas, separadas por placas refractárias.



Depois, a boca do forno que fica por cima, foi tapada com duas chapas em forma de semi-círculo, as quais, depois de colocadas, permitem que se ponha uma chaminé, ao centro, pois possuem um buraco para isso. As chapas foram cuidadosamente vedadas com barro.




E, pronto. Acendeu-se o lume que ardeu, primeiro com pouca intensidade para aquecer as peças e para perderem água, apesar de secas ao tacto. Depois, mais forte.


Entretanto, vim-me embora pois tinha alguma distância a percorrer. Os trabalhos, por hoje, ficarão prontos cerca da meia-noite. A temperatura subirá aos 1000ºC e, então, fechar-se-ão completamente todas as aberturas do forno tendo, antes, sido colocada alguma lenha na câmara de combustão. Deste modo, com a atmosfera do forno reduzida em oxigénio, a lenha vai produzir muito fumo que se combinará com as moléculas do barro, tornando-o negro. É a louça preta.

JR

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Alguns trabalhos

Após ter ficado dispensado das actividades profissionais reformei o meu tipo de vida/trabalho, passando a dar especial atenção à actividade artística no âmbito da cerâmica. Assim, tenho procurado aprender as técnicas com ceramistas experientes, para além de efectuar as minhas próprias pesquisas tanto teóricas como práticas.

Comecei com uns cursos de pintura de azulejos em 2002 e 2003.

Em 2004 tomei contacto com a técnica Rakú, que me deixou entusiasmado durante anos.


Carbonação



Em 2007 fiz experiências em azulejaria de aresta.

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Depois desta última experiência tive um curso sobre pastas que me desanimou, por mal desenvolvido em todos os aspectos. E o meu desconsolo ainda se tornou maior pois os meus colegas frequentadores, de um modo geral, aceitavam o disparate.

Num encontro de ceramistas, em Barcelos, a que já fiz alusão noutras postagens, o fogo dos fornos e principalmente o do entusiasmo dos participantes reacendeu-me a chama de ceramista, afinal latente.

Propus-me à frequência do X Curso Internacional de Cerâmica Contemporânea, em Pontevedra. O painel de professores era o máximo - ARCADI BLASCO (Valência), THEODORA CHORAFAS (Grécia) e JUAN GRANADOS (Univ.Texas).

Enviado o meu C.V. fui admitido.

Mas deixo para uma próxima postagem o relato das magníficas impressões que de lá trouxe.

J R